Pesagem e coletiva de imprensa empolga atletas para a disputa do GP dos Leves

Os dez aspirantes ao título tiveram oportunidade de responder às perguntas da imprensa.

Créditos da imagem: Foto: Flash Sports

A quinta temporada do GP é amanhã (18), mas hoje demos o pontapé inicial com a pesagem dos atletas e coletiva de imprensa.

A pesagem foi concluída sem problemas e nenhum atleta será impedido de lutar. Em seguida, foi aberto o espaço para a coletiva de imprensa, comandada pelo Presidente Jeferson Maycá, que já de cara causou um suspense: pediu para que todos os atletas escrevessem, em segredo, contra quem iriam disputar a final e guardassem num envelope. O fato já deu abertura para perguntas, de cara para Celsinho Venicius, na intenção de descobrir quem ele havia escolhido.

O atleta da Ryan Gracie disfarçou e não respondeu, mas deu a dica dizendo que gostaria de enfrentar Delson Pé de Chumbo, por ser um grande amigo e também, pelo fato de saber que a luta entre os dois numa final seria duríssima. Aproveitando a resposta, Celsinho também foi questionado se achava que a luta entre os dois seria mais agressiva pelo fato de ambos terem uma carreira no MMA. “Não precisamos de uma competição para ter uma luta dura” – afirmou Celsinho, que completou sorrindo “o bicho pegava até no treino entre nós. Sempre fomos amigos, ninguém cedia posição. Na luta acho que não vai ser diferente, vai ser aquele pega-pra-capar”.

Na sequência, Delson Pé de Chumbo disse que no treino, eles realmente sempre gostaram de lutar sério e que é assim que tem que ser, principalmente na disputa de um título. “Tem que lutar mesmo e fazer valer o show”, disse Pé de Chumbo, de 39 anos, que também foi indagado sobre o fato de ser mais velho e ter que enfrentar a geração mais nova. Delson afirma que não vê desvantagem em disputar com os meninos mais novos e que vem os acompanhando nas competições. “A dificuldade sempre estará ali, não tem jeito, mas acredito no meu jiu-jitsu e no meu gás. Dá para bater de frente e cair para dentro dos novinhos”, completou Pé de Chumbo.

O já veterano do GP Diego Borges, afirmou na entrevista que, embora já tenha participado outras vezes, todas as lutas são difíceis. “Toda luta para mim é final. O tempo é pouco e como ja participei de outras edições sendo vice e terceiro lugar, espero dessa vez conseguir o primeiro, que é o objetivo de todos nós aqui. Quero tentar errar menos, não da para começar errando, ainda mais com pouco tempo no relógio”- completou Diego.

E parece que sua experiência é bastante reconhecida no evento. Renato Canuto, que estreará sua faixa preta neste sábado, afirmou que considera Diego o adversário mais duro, mas também acredita que os outros desafios serão bastante difíceis. “Com os outros sempre será porrada, independente do que já aconteceu e de como foram as outras lutas. Por exemplo, o Espen. Já o assisti muito lutando os últimos campeonatos e também a Copa Podio, ele tem uma guarda chata, se enrola bastante. Por isso, tenho trabalhado bastante meu jogo de passagem, vamos ver se funciona. Todos eles sempre voltam mais duros” – concluiu o atleta da Zenith, que também foi questionado por ser reconhecido por um jogo ofensivo e sempre estar em busca de finalização, independente do resultado. Levando em consideração que finalização vale cinco pontos na contagem final da Copa Podio, ele afirmou que a vontade de alcançá-la dobra e completou:  “o objetivo do jiu-jitsu é finalizar. Eu sou filho de árbitro e hoje trabalho arbitrando alguns eventos também. Por conta disso, procuro sempre começar na frente e isso sempre abre espaço para finalização. As lutas aqui são de apenas seis minutos, vai sair muita finalização, não temos tempo para pensar”.

Embora dessa vez Leandro Lo não esteja na disputa pelo título, já que sua luta contra Gilbert Durinho foi cancelada por conta de uma lesão do adversário, ele estará presente para auxiliar seu aluno e amigo, Wellington Alemão. O atleta da Brotherhood foi questionado sobre seus treinamentos e se modificou alguma coisa neles após ter sido anunciado seu nome na disputa. “O Lo me ajuda muito não só como professor, mas ele é meu irmão. O treinamento é sempre o mesmo, do ínicio ao final do ano”, disse Alemão.

Caio Almeida, estará no Grupo Verde e disputará contra Celsinho Venicius, que pertence a sua ex-equipe Ryan Gracie. A pergunta foi como será disputar contra alguém com quem já dividiu tatame e Caio disse que a luta com certeza acontecerá com muito respeito. “Nós sempre tivemos um bom relacionamento. Na minha saída da Ryan não tivemos problema nenhum. Teremos que nos enfrentar e será com todo o respeito do mundo. Admiro o jiu-jitsu dele e a pessoa que ele é. Que vença o melhor, se mantendo o respeito, humildade e disciplina”, respondeu o líder da Almeida JJ.

Mais um atleta veterano do GP, Isaque Bahiense está num ponto de lutar com atletas aos quais se o inspirou na carreira, mas mostrou que sua vontade de vencer é muito maior. “Eu sempre os acompanhei. O Celsinho é faixa preta desde 2004 e eu comecei a treinar em 2006. É um prazer lutar com eles, mas minha vontade é maior. Estou disposto a dar tudo de mim em seis minutos. Eles terão que dar tudo deles também”. Isaque ainda completou dizendo que sua expectativa é das melhores.

A mais nova geração também estará presente com alguns faixas marrons neste sábado. Jeferson Mayca afirmou que está sempre de olho nas redes sociais e que viu que a campanha para Hugo Marques participar dessa edição foi muito forte. “Todos insistiram muito, dessa vez foi árduo, mas ele sabe que não está aqui por conta da mobilização das pessoas na internet e sim, pelo seu talento e sem dúvidas pelo empenho de seu professor, assim como Pedro Ramalho” – comentou Jeferson.

Aproveitando a oportunidade, o atleta da Soul Fighters foi questionado sobre seu parceiro de treino, João Gabriel, já ter participado e se destacado no GP sendo também faixa marrom, e disse que ele sempre foi sua maior inspiração, desde a faixa branca e completou: “claro que antes do evento peguei muitas dicas com ele, troquei uma ideia e me sinto preparado para brigar por esse título”.

O português Pedro “Paquito” Ramalho também teve grande influência de seu professor Manoel para estar no evento, além de ter sido indicado por Leandro Lo. Mas Mayca disse que o escalou para o card porque se empolgou muito assistindo as lutas dele. “Fiquei muito feliz pela escolha”, disse Paquito, “eu sempre me inspirei no jogo de Lo e darei meu melhor”, completou o ‘rival’ de Espen Mathiesen, que na oportunidade afirmou estar preparado. “Eu e Paquito já nos enfrentamos algumas vezes e sei que não será uma luta fácil, mas tenho estudado bastante o jogo dele e estou preparado para o que vier” – respondeu o atleta da Kimura Nova União.

Também houveram muitos questionamentos ao Presidente, Jeferson Mayca. O primeiro deles foi o critério usado para escolher os atletas. “Não tem requisito. Tem muita gente dura e claro, temos alguns critérios internos. A academia ter bom relacionamento com a organização também é importante, porque os professores acabam me indicando e eu olho mais para esses atletas. Já ter lutado aqui é requisito pra voltar. Se o cara costuma amarrar, não vai estar presente numa Copa Podio. A pessoa tem que ter o jiu-jitsu para frente, tem que querer ganhar, querer título, aqui não adianta muita estratégia”. – aconselhou Jeferson.

Além disso, foi perguntado a Mayca sobre a luta feminina. Ele disse que se empolgou muito no formato dos três rounds e que queria manter de alguma forma. “Estou empolgado pelo formato”, disse o Presidente, “fui perguntar ao Renato a faixa da Raquel (Pa’aluhi) e ele disse que ela comentou que viraria até australiana para lutar a Copa Podio. Em seguida, pedi indicação para o Guigo de alguém para lutar contra ela nesse formato e ele me indicou a Renata. Eu acompanho a pressão nas redes sociais. As meninas estão aqui por talento, por títulos. E eu quero manter esse desafio feminino para sempre, não vou voltar para o masculino. Quem ganhar, volta para defender o título, mas quero manter sim o feminino” – afirmou Mayca.

Raquel Pa’aluhi e Renata Marinho farão a luta de abertura do evento, que será um desafio dividido em três rounds. A atleta vencedora, voltará para defender o título. Em conversa rápida com as atletas depois da coletiva, ambas se mostraram muito animadas para defender o título e dizem que estão aqui para voltar.

Pelo visto a Copa Podio promete e dessa vez, a única certeza é que o trono terá um novo dono. Façam suas apostas!

Fonte: Mayara Munhos

Data da publicação: 2017-02-17 23:37:11

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