Mário Reis aposta no trabalho feito com o fenômeno Nicholas Meregali

Faixa-marrom será um dos desafiantes de Leandro Lo, em 9 de julho, na Argentina

Créditos da imagem: Foto: Hywell Teague

A Copa Podio de jiu-jitsu, que acontece no dia 9 de julho na cidade de Buenos Aires, na Argentina, terá como atração principal o GP dos Médios, onde o pentacampeão do evento Leandro Lo coloca o título em jogo diante de grandes nomes como Erberth Santos, Claudio Calasans, Victor Estima, Dillon Danis, Diego Borges e a grande revelação, Nicholas Meregali.

Assim como, o então novato, Felipe Preguiça, fez na segunda temporada da liga profissional de jiu-jitsu, o faixa-marrom promete complicar Leandro Lo, que busca do segundo título dos médios da Copa Podio, que acontece no ginásio do Clube San Lorenzo.

O menino de ouro de Mário Reis pode ser considerado um dos maiores, senão o maior faixa-roxa da história, onde conquistou todos os mais almejados títulos tanto no peso, quanto no absoluto. Na faixa-marrom, a pegada segue a mesma e o lutador espera apenas adicionar o título mundial, antes de debutar na Copa Podio, quem sabe, com a faixa preta na cintura.

“Minha faixa depende da vontade de meus professores. Lutar a Copa Podio de faixa marrom ou preta para mim não fará diferença, pois não ganho superpoderes com uma nova faixa, mas acredito que me trará uma felicidade gigantesca”, disse o atleta.

O jovem lutador treinava em uma filial de Mário Reis, a 100 km da matriz e, em 2013, decidiu ir morar na academia do líder da Alliance, após ser eliminado do Mundial de jiu-jitsu, na faixa azul.

“Ele foi derrotado e o vi chorando profundamente, algo vindo da alma. Me chamou a atenção o fato de mesmo sendo o primeiro Mundial dele, Nicholas não se conformou com a derrota. Vi que ele estava mal e lhe dei um abraço e ele me perguntou: ‘Professor, posso ir morar na sua academia? Não quero mais perder’. Recebemos ele de braços abertos e ele está morando na academia até hoje, faz três anos”, detalhou Mário.

Natural de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, Nicholas é só gratidão ao mestre Mário Reis e a relação entre os dois vai muito além de aluno e professor.

“Ele é um pai, amigo, psicólogo, conselheiro, professor do tatame e da vida. Desde que me mudei, comecei a me tornar profissional, conquistei títulos e evolui como ser humano. Com certeza tudo que acontece na minha vida hoje, se não tivesse a supervisão dele, eu não teria êxito da mesma forma”, disse o faixa-marrom.

Mestre aposta na 'impecabilidade' para manter o sucesso de Meregali

O gaúcho não quer fazer papel de coadjuvante na Copa Podio e garantiu que não tem estudado o jogo do atual campeão, mas apenas focado no que ele irá fazer no dia 9 de julho, na Argentina.

“Será um bela luta. Nunca estudei o jogo do Leandro Lo e também não vou, pois treino e confio no meu jogo, a vitória dependerá apenas de mim e não dele. Ele puxar para a guarda ou passar não interferirá no meu foco. Há um bom tempo espero para lutar o evento e a hora chegou. Podem esperar por empenho, pois estou com muita vontade e tenho total certeza de que farei um ótimo trabalho”, encerrou.

Líder da equipe Alliance, em Porto alegre (RS), Mário Reis ‘copiou’ os melhores hábitos que viu em todos os campeões que conheceu em sua carreira e retirou os hábitos desnecessários para dar o melhor tratamento ao seu pupilo, trabalhando como gosta de dizer, em busca da 'impecabilidade'.

“O Nicholas sofre muito dentro do tatame, faz um esforço fora do comum para atingir seus objetivos. Nós trabalhamos para que ele seja um lutador impecável. Sofrer, todos faixas pretas sofrem, mas sempre faço ele ir um pouco além, porque nós não temos limites, o cérebro trabalhado positivamente, nos leva a lugares inimagináveis. Ele paga o preço para ser o campeão que é e eu vejo nele algo que não vejo na maioria dos faixas-pretas, então boto muita fé que ele vá fazer uma grande Copa Pódio”, disse Mário, que não poupou elogios ao discípulo, mas ainda não definiu se Nicholas disputará a liga com a faixa preta na cintura.

“Quanto a dar a faixa preta para ele, ainda não é nada certo, isso é uma consequência do trabalho dele. Espero que ele alcance os mesmos objetivos que conquistou na roxa e marrom. Na real, para mim ele não teve a visibilidade que merecia, porque ele foi o melhor faixa roxa de todos os tempos, assim como na marrom, onde ele fez coisas que nenhum outro atleta fez”, concluiu.

 

Fonte: Erik Engelhardt

Data da publicação: 2016-06-16 16:28:55

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